segunda-feira, 10 de maio de 2010

A justiça de Deus


“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente” (Jeremias 48:10a.)

Ao ler o livro de Jeremias, no Antigo Testamento, observa-se claramente os juízos de Deus. Os julgamentos do Criador são bastante severos nestes textos das Escrituras Sagradas. Naquele tempo, muitas pessoas pagaram com a própria vida a conseqüência dos pecados praticados

“Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, e a grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação, mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor.” (Jeremias 8:7). Este versículo resume o desconhecimento do povo de Deus sobre a justiça do Criador. O Pai Celeste é justo ao definir as ações corretas do homem, mas a mesma retidão de Deus é também aplicada nas ações erradas do ser humano.

Jeremias exerceu seu chamado profético entre os anos 627 e 580 antes de Cristo, de acordo com a Bíblia de Estudo das Profecias da Editora Atos – ou seja, há mais de 2.500 anos. Interessante observar a validade eterna das palavras do Criador. Em pleno século XXI, na era da rede mundial de computadores, a maior parte do “povo não conhece o juízo do Senhor”, conforme descreveu Deus a 25 séculos atrás.

Este livro da Bíblia relata o exílio do povo judeu à Babilônia. Naquele período, o Criador permitiu o domínio de um reino estrangeiro sobre a nação judaica devido ao pecado dos hebreus. Esta passagem das Escrituras Sagradas é, basicamente, um relato histórico. A história é a descrição de algo já acontecido, e, portanto, impossível de repetir-se igualmente.

Entretanto, embora estas palavras sejam explicitamente históricas, pode-se tirar inúmeras lições das mesmas para os dias atuais, especialmente sobre os juízos de Deus. O Criador, através de Jesus Cristo, afirmou: “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Mateus 24:35). O próprio Messias repetiu a afirmação: “passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:31).

É óbvio que “misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade.” (Salmos 103:8). Mas, além de perdoar, Ele também faz justiça com as ações erradas dos seres humanos. A integridade e retidão de Jesus Cristo, enquanto homem, deve ser o maior e melhor exemplo a ser seguido por aqueles desejosos de alcançar a plena misericórdia divina.

Publicado originariamente no Portal Gosto de Ler (Rio Grande do Norte), em abril de 2007.