sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 4

Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. - Mateus 24:7

Um exemplo trágico da fugacidade da vida são os inúmeros terremotos registrados na história da humanidade. São dezenas apenas nas últimas décadas. No último dia 13 de janeiro o jornal Folha de S. Paulo publicou na internet um breve histórico com os piores terremotos ocorridos entre 1990 e 2010. De acordo com o periódico, em 30 de setembro de 2009, na ilha de Sumatra, na Indonésia, ocorreu terremoto de 7,6 graus na escala Richter. Mais de mil pessoas morrem. A cidade costeira de Padang, no oeste da ilha, é a mais afetada. No mesmo dia, horas antes, outro tremor de terra atingiu o arquipélago de Samoa, no Pacífico Sul, além do território de Samoa Americana. Pelo menos cem pessoas faleceram. Nove dias antes, em 21 de setembro de 2009, outro terremoto ocorreu em Butão, na Ásia, com intensidade de 6,1. 11 pessoas morreram. No mesmo mês, em 2 de setembro, na Indonésia, o sudoeste da ilha de Java foi alvo de um terremoto de 7,0 graus na escala Richter. 57 pessoas morreram.

Em 6 de abril de 2009 um tremor de terra com 6,3 graus de magnitude atingiu o município de Áquila, no centro da Itália. 207 pessoas perderam a vida na cidade e em vilarejos vizinhos. Dentre os danos materiais registrados constam danos em milhares de construções construídas a partir do século 13. No dia 29 de outubro de 2008 cerca de 300 pessoas faleceram no Paquistão, na Província do Baluquistão. Naquela tragédia o tremor foi de 6,4 graus. Pouco mais de cinco meses antes, em 12 de maio de 2008, outro terremoto. Desta vez a nação atingida foi a China. O tremor ocorreu na Província de Sichuan, no sudoeste daquele país. O número total de mortos chegou perto de 87 mil pessoas, contando com os desaparecidos jamais encontrados. Outros 370 mil habitantes da região ficaram feridos. O tremor alcançou 7,8 graus.

No dia 15 de agosto de 2007, 519 pessoas falecem no Peru. O epicentro do abalo, no Oceano Pacífico, registrou 7,9 graus. Em 17 de julho de 2006 um tremor de 7,7 graus com origem no mar provoca um tsunami que atinge a costa sul da Indonésia, especificamente a ilha de Java. Mais de 650 pessoas morreram. Outro terremoto na mesma ilha ocorreu menos de três meses antes, em 27 de maio de 2006. Mais de 5.700 pessoas morrem em conseqüência do tremor com magnitude de 6,2 graus. A cidade de Yogyakarta e regiões próximas foram destruídas. No dia 8 de outubro de 2005 outro tremor foi registrado. Desta vez as regiões afetadas foram a Caxemira e o Paquistão. O abalo, de 7,6 graus, matou mais de 73 mil pessoas. O número de desabrigados chegou aos milhões. Pouco mais de seis meses antes, em 28 de março de 2005, a Indonésia foi vítima novamente de um terremoto. Na ocasião cerca de 1.300 , pessoas perderam a vida após um tremor de 8,7 graus no mar, perto da costa da ilha de Nias.

São inúmeros os terremotos registrados em apenas vinte anos. O período pode ser considerado curto em face de toda a cronologia da história da humanidade. Um dos mais arrasadores ocorreu nas profundezas do Oceano Índico, em 26 de dezembro de 2004. Com magnitude de 9,2 graus, o abalo sísmico gerou um gigantesco tsunami. Diversos países da Ásia foram atingidos. As mortes, contabilizadas com os desaparecidos jamais encontrados, somam mais de 230 mil. Antes desta tragédia, ainda no início do século XXI, outros abalos sísmicos ocorreram ao redor do mundo. Exatamente um ano antes da desgraça ocorrida na Ásia, no dia 26 de dezembro de 2003, mais de 26 mil pessoas perdem a vida após tremor de terra no sul do Irã. Bam, uma cidade histórica da região, fica totalmente destruída. Em 21 de maio do mesmo ano a Argélia sofreu também um terremoto. Mais de 2.000 pessoas morreram e pelo menos 8.000 ficam feridas. O abalo foi sentido até na Espanha, país situado no lado oposto do mar Mediterrâneo.

O século XXI estava apenas começando, mas o número de terremotos e os estragos causados eram grandes. Em 31 de outubro de 2002 a Itália ficou estarrecida com a perda de uma turma inteira de crianças. Elas morreram na cidade de San Giuliano di Puglia em conseqüência do tremor de terra que derrubou a escola onde estudavam. No dia 26 de janeiro de 2001 o país vitimado foi a Índia. Um tremor de 7,9 graus destruiu parte do Estado de Gujarat, no noroeste daquele país. Quase 20 mil vidas foram perdidas. Mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas. No final do século XX os tremores também já eram constantes. Em 12 de novembro de 1999 cerca de 400 pessoas morreram em conseqüência do tremor de 7,2 graus no noroeste da Turquia. Terremotos naquele período mataram pessoas ainda em Taiwan, em 21 de setembro de 1999, novamente na Turquia no dia 17 de agosto de 1999, no Afeganistão em 30 de maio de 1998 e no Japão, no dia 17 de janeiro de 1995.

Tais acontecimentos podem gerar uma série de reflexões. Os pensamentos podem ser os mais diferentes possíveis, de acordo com as idéias de cada pessoa. Algumas pessoas pensam que falecer em um terremoto é como ganhar na loteria: todos estes acontecimentos seriam apenas coincidências, jogadas de sorte ou azar da natureza. Há aqueles que afirmam serem os tremores de terra algo corriqueiro na história da humanidade. Para tais pessoas, não existe aumento no número de terremotos, mesmo com os registros mostrando o contrário. Existem ainda as pessoas indiferentes, totalmente alheias e sem nenhum interesse em saber informações sobre estas tragédias. Outros ainda consideram isso um castigo, uma punição divina. Mesmo dentre aqueles que têm fé, a questão punitiva é polêmica, e nem todos concordam com isso. Aliás, dentre os cristãos, por exemplo, poucos crêem ser isso uma punição. Independente das diferentes opiniões ou crenças, existe uma verdade. Há cerca de dois mil anos tudo isto foi previsto. Para quem gosta de ler, uma boa dica de leitura é o 24º capítulo do evangelho de Mateus.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 3

O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. - Provérbios 16:1

O ano de 20010 começou há pouco tempo, há exatamente 14 dias. Entretanto, alguns fatos divulgados à exaustão na mídia mostram ao homem claramente a fugacidade da vida. Um terremoto no Haiti, um dos países mais pobres das Américas, matou milhares de pessoas. Prédios e casas que custaram caro para serem construídos desabaram.

Jovens, que aos olhos das pessoas viveriam ainda por muitos anos, faleceram. A maior parte dos sobreviventes perece com fome e sede. Há expectativa de proliferação de doenças. Voluntários de países distantes dirigem-se àquela nação para ajudar os necessitados. Brasileiros estão entre os mortos.

Há inúmeras considerações e reflexões a serem feitas sobre esta tragédia. Mas algo é inegável: a vida tem um término, e o fim pode chegar a qualquer momento, para qualquer pessoa. Brasileiro, haitiano ou de qualquer nacionalidade. Rico, pobre, branco, negro, ateu ou religioso. Uma expectativa acompanha todos durante toda a vida: a certeza da morte.

Todo ser humano tem sonhos e planos. Ter um trabalho melhor, casar, constituir família, ter filhos, comprar um automóvel, novas roupas, viagens... Uma conta bancária repleta de dinheiro, jóias, cartões de crédito... Dificilmente haverá na face da Terra algum ser humano que não tenha sonhos, ainda que humanitários: paz no mundo, fim da miséria, igualdade social, dentre outros.

Para alcançar os próprios sonhos, cada pessoa traça planos e metas. Estuda, procura aperfeiçoar-se profissionalmente, muda de emprego, busca novo trabalho. Tudo isto é bom, importante e necessário. Não há nada de mau nestas coisas. Ao contrário: isto é o que move a sociedade e faz com que exista desenvolvimento em todas as áreas do humanismo.

Entretanto, tudo tem um fim. O término pode durar, quem sabe, 120 anos. Talvez 80, ou então 60. Qual a expectativa de vida de um ser humano? A expectativa de vida varia em cada país. Mas existe apenas uma expectativa. E todos os planos e metas são feitos em cima de uma hipótese. E você, que lê este texto neste exato momento, já pensou em quais são seus planos e metas para depois que morrer?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Submarino não explica mas resolve problema

No dia dia 23 de dezembro de 2009 escrevi um texto neste blog criticando a loja virtual Submarino. A empresa não entregou um produto que comprei, embora afirme ter efetuado a entrega. Quero registrar aqui que a loja, embora não tenha dado nenhuma explicação clara a respeito do fato, efetuou o estorno do valor reclamado em meu cartão de crédito.

Quando é preciso mostrar problemas fazemos a crítica normalmente. Porém, é importante apontarmos também os acertos quando acontecem. Embora sem explicações, a empresa devolveu corretamente o dinheiro pago pelo produto não entregue.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 2

O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. - Provérbios 16:9 

A fugacidade da vida é real e concreta, está visível claramente aos olhos de todos. Entretanto, poucas pessoas percebem a fragilidade e a temporalidade da existência humana. O home faz projetos para toda a eternidade e, quando menos espera, tudo pode ir literalmente por água abaixo.

Um exemplo disso foi publicado no jornal Folha de S. Paulo, de 7 de janeiro de 2010. “Prejuízo com chuva supera R$ 1 bi” foi a manchete do diário. Na chamada de primeira página para a reportagem aparece uma foto da destruição ocorrida em São Luiz do Paraitinga, município do interior de São Paulo. A catástrofe ocorreu devido ao mau tempo. De acordo com a legenda da foto, cerca de 300 prédios históricos foram afetados.

Muitos dos prédios afetados pelas enchentes naquela cidade foram construídos mais de 100 anos antes do incidente. Provavelmente nenhum dos profissionais que trabalharam na construção das edificações viveu até o início do século XXI. Mesmo que os edifícios tenham existido durante várias gerações, a catástrofe natural provou que não eram eternos.

A transitoriedade da vida física deve ser algo a ser pensado e repensado freqüentemente pelas pessoas. Afinal de contas, apesar da fragilidade do corpo físico, a alma do homem é eterna. Se você ainda não parou para pensar para onde vai depois que morrer, um bom momento para começar a refletir é agora. Afinal de contas, o dia de ontem já passou e o amanhã é apenas uma hipótese.

“Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” – Tiago 4:13–16

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 1

O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.- Provérbios 16:9

Neste início de 2010 um assunto bastante visível, porém pouco comentado, é a fugacidade da vida. Muitos são os planos criados pelo ser humano, mas somente Deus pode confirmá-los. O Criador não realizará aquilo que obrigação do homem fazer: trabalhar, estudar, dentre outras atividades. Entretanto, as pessoas jamais devem esquecer da total dependência do Pai Celeste. Ninguém consegue controlar as batidas do próprio coração ou parar de respirar por quanto tempo quiser. Somente Deus pode dar a vida.

Com certeza cada um dos falecidos tinha uma história, um plano, um sonho. As crianças e jovens tinham ainda toda uma vida pela frente. Os familiares e pessoas mais próximas das vítimas da chuva ainda sentem a dor da perda inesperada. Somente o Espírito Santo pode consolar as pessoas neste momento tão difícil.

A notícia de maior destaque na primeira semana do ano na imprensa brasileira foi a catástrofe ocorrida em Ilha Grande, município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. “Soterramentos matam 28 em Angra”, foi a manchete do jornal Folha de S. Paulo no sábado, segundo dia do ano. “Tragédia de Angra eleva para 56 total de mortos pela chuva” foi a manchete publicada no mesmo dia em O Estado de S. Paulo. “Chuvas fazem 30 mortos em Angra e 51 em todo o estado” foi a manchete de O Globo.

Pessoas faleceram com as mais variadas idades: crianças, jovens e adultos. A principal tragédia ocorreu em uma pousada turística, situada entre o mar e um morro. Toneladas de terra deslizaram na noite entre 31 de dezembro e 1º de janeiro. Parte significativa das vítimas falecidas em Angra dos Reis estava hospedada naquele local para comemorar a passagem de ano.

“Natureza em fúria – 38 mortos” foi a manchete do Jornal do Brasil no segundo dia de 2010. No dia 3 de janeiro o jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, publicou a manchete “Mineiros relatam o horror da tragédia no Rio”. No mesmo dia outro diário da capital mineira, O Tempo, estampou a manchete “Sobreviventes relatam noite de pânico em Angra”. “Chuvas mataram pelo menos 64 na virada do ano no RJ” foi a chamada principal da Folha de S. Paulo em 3 de janeiro.