quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Reclamação em excesso

Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas. - Filipenses 2:14

É uma enorme surpresa a quantidade e freqüência com que as pessoas reclamam. Quando chega o verão, muitas pessoas acham ruim com o calor. Quando chega o inverno, as murmurações são contra o frio. Tempo seco é motivo de queixa, e chuvas também provocam caras feias. O excesso de carros no trânsito é motivo de falatórios sem fim. Entretanto, o reduzido número de carro em determinados períodos também é alvo de queixas devido a insegurança, como nas madrugadas. Hospitais, escolas, operadoras de telefonia, serviços públicos, filas, demora em qualquer atendimento: as murmurações ocorrem devido aos mais diferentes motivos.

Obviamente há situações que merecem sim o protesto veemente do cidadão. Exemplos disto são os serviços prestados pelas operadoras de telefonia móvel e televisão por assinatura, geralmente muito abaixo das expectativas dos consumidores. Estas empresas, em geral, têm atendimento ao cliente de péssima qualidade e cobram no Brasil preços proporcionalmente mais caros na comparação com outros países. Porém, mesmo em situações como estas, a murmuração pode ser evitada. O cliente pode reivindicar seus direitos através do envio de correio eletrônico às companhias e, em último caso, procurar os órgãos de defesa do consumidor. Estas atitudes, com certeza absoluta, geram efeitos concretos muito melhores do que reclamações durante conversas nos elevadores e corredores dos edifícios.

O trânsito ruim é outro motivo de queixas constantes por parte dos brasileiros, em especial daqueles que vivem nas grandes cidades. Engarrafamento é um mal e ninguém tem dúvidas disto. Contudo, as reclamações por si só não resolvem absolutamente nada e contribuem para o aumento do estresse. Engarrafamentos, por piores que sejam, são na verdade sinal de desenvolvimento econômico de um país ou região, principalmente se levarmos em consideração o número de habitantes com poder aquisitivo para adquirir um automóvel. Sem contar o número de empregos diretos e indiretos gerados pela cadeia produtiva do setor automotivo.

Além destas questões práticas que incentivam a todos a parar de reclamar sem necessidade, existem razões mais importantes do que estas para cada pessoa refletir antes de reclamar. Estes motivos estão na Bíblia, a bússola para a vida dos verdadeiros cristãos. Considerando que as Escrituras Sagradas são palavras de Deus ao homem, todo aquele que crê deve observar com atenção as orientações contidas neste livro.

Analisados por certo aspecto, os livros do Antigo Testamento são relatos históricos. Os fatos que ocorrem uma vez, não necessariamente serão repetidos. Na maior parte das vezes os acontecimentos não são repetidos. Entretanto, é possível tirar lições de vida das histórias descritas no Antigo Testamento. A partir deste princípio, observa-se que a reclamação não é novidade nem exclusividade das sociedades contemporâneas. Quando Moisés liderava o povo judeu, mais de mil anos antes de Cristo, a ação de reclamar já era adotada por muitas pessoas. Na Bíblia está escrito: “toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto” (Êxodo 16:2).

Muitas das queixas constantes impulsionam pessoas a pecar, o que causa prejuízos a elas próprias. O Criador fala de maneira objetiva ao ser humano: “fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas” (Filipenses 2:14). De acordo com o Pai Celeste, devemos viver “sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações” (1 Pedro 4:9). A forma mais utilizada pelas pessoas para reclamar é através da palavra. Existem ainda reclamações feitas através de gestos ou atitudes, mas a maior parte da murmuração ocorre através da fala. Sobre isto o Criador é também bastante claro. “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém” (1 Pedro 4:11).

Portanto, ao ler as Escrituras Sagradas, é possível concluir que reclamar sem parar não é uma opção possível para os cristãos. Por mais que existam razões concretas para existência de reclamações, Jesus Cristo afirma: “quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mateus 10:38). Ou seja, ainda que as murmurações tenham causa definida, os cristãos verdadeiros precisam deixar de lado as vontades próprias para cumprir os desejos do Senhor. Aqueles que crêem e pretendem seguir uma vida de acordo com os ensinamentos bíblicos, precisam pensar bastante antes de fazer qualquer murmuração.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Quais músicas você escuta? - III

Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre. - Salmos 106:1

Nem todas as canções popularmente conhecidas como músicas cristãs podem assim serem chamadas, pois pouco ou nada tem a ver com a vida e obra de Jesus Cristo. Entretanto, algumas belas composições se enquadram perfeitamente dentro das informações contidas nas Escrituras Sagradas.

Um exemplo de bela música cristã é “Daniel”, da banda Resgate. A letra é uma referência ao livro de mesmo nome, no Antigo Testamento. O personagem bíblico central da história não aceitou as imposições da sociedade onde vivia, e preferiu fazer o que era certo aos olhos de Deus.

O livro de Daniel foi escrito aproximadamente entre 530 e 630 anos antes de Cristo. Apesar de este texto ser tão antigo, o enredo e as lições da história contida nesta passagem das Escrituras Sagradas continuam atuais. Hoje, em pleno século XXI, várias pessoas sucumbem às determinações sociais em detrimento da vontade do Criador. 

Daniel 

Banda Resgate – Composição: Zé Bruno – 1993

Os manjares do rei
O contágio fatal
Aparência do bem
Na essência o mal

Os palácios do rei
A eterna prisão
Os tesouros da vida
Em ruínas no chão

Quem vai negar?
Quem vai negar?

Se prostrar todo dia
E provar ser fiel
Ser lançado na cova
Sair ileso como Daniel

Vídeo:   http://www.youtube.com/watch?v=zIOy37YioUs&feature=player_embedded#!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O dom da misericórdia

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. - Mateus 5:7

Atualmente alguns dons espirituais são motivos de muitos debates e reflexões no meio cristão. Os dons de falar em línguas estranhas e de profetizar, por exemplo, estão sempre entre os assuntos de maior atenção entre evangélicos das mais diferentes dominações. As opiniões são diversas e mais antagônicas possíveis. Inúmeras pregações foram feitas sobre estes dons mais famosos, textos acadêmicos e estudos bíblicos já foram publicados. Seminários teológicos, fóruns e palestras também abordaram os aspectos mais conhecidos deste assunto.

Entretanto, um dom muito importante e pouco conhecido e exercido é o dom de misericórdia (Romanos 12:1–8). Poucas vezes pregadores abordam este tema, há rara bibliografia sobre o assunto e poucos cristãos conversam sobre isso. Apesar de não ser algo recorrente entre os seres humanos, a misericórdia é algo importante para o Criador. Fato que comprova o valor da misericórdia para Deus é a freqüência que é citada na Bíblia.

De acordo com os dicionários da língua portuguesa, misericórdia significa compaixão, graça e perdão. O significado desta palavra foi algo praticado com intensidade por Jesus Cristo. Um exemplo foi o que o próprio Senhor falou, ao ser crucificado, em relação àqueles que os perseguiam: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34a). Ele fez deu inúmeros ensinamentos sobre misericórdia, como na ocasião em que afirmou: “quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem, e quem tiver comida, faça o mesmo” (Lucas 3:11).

Outro exemplo clássico das Escrituras Sagradas sobre o exercício da misericórdia é a história popularmente conhecida como do “bom samaritano” (Lucas 10:25 a 37). Neste episódio bíblico, um intérprete da Lei perguntou a Jesus Cristo o que fazer para herdar a vida eterna (Lucas 10:25). O messias respondeu ao indagador com outra questão, sobre qual a opinião do próprio hermeneuta sobre como conseguir a vida eterna (Lucas 10:26).

O estudioso respondeu ao Cristo que para herdar a vida eterna é preciso amar a Deus acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo (Lucas 10:27). Em seguida perguntou a Jesus quem seria seu próximo (Lucas 10:29). O Senhor então conta a história de um homem que foi assaltado e ferido por ladrões. Dois homens, um sacerdote e outro letiva, passaram indiferentes pelo moribundo. Entretanto, apesar da indiferença deles, uma terceira pessoa apareceu e socorreu a vítima (Lucas 10:30–37).

O messias chama de bem aventurados quem exerce misericórdia (Mateus 5:7). O apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, incentiva as pessoas a exercerem a misericórdia chorando com quem chora (Romanos 12:15b). O mesmo autor diz que Deus tem misericórdia dos homens por amar as pessoas – mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou (Efésios 2:4). Além das referências bíblicas citadas, em outros textos das Escrituras Sagradas há explanações sobre o assunto.

Com tamanha importância para o Criador, a misericórdia é algo necessário e que deve ser exercido. Ainda que ser misericordioso seja algo difícil ou penoso para alguns indivíduos, é algo necessário para qualquer ser humano que queira ser verdadeiramente cristão. Aqueles que não conseguem exercer misericórdia precisam nascer novamente – evangelho de João, capítulo 3.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A justiça de Deus


“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente” (Jeremias 48:10a.)

Ao ler o livro de Jeremias, no Antigo Testamento, observa-se claramente os juízos de Deus. Os julgamentos do Criador são bastante severos nestes textos das Escrituras Sagradas. Naquele tempo, muitas pessoas pagaram com a própria vida a conseqüência dos pecados praticados

“Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, e a grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação, mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor.” (Jeremias 8:7). Este versículo resume o desconhecimento do povo de Deus sobre a justiça do Criador. O Pai Celeste é justo ao definir as ações corretas do homem, mas a mesma retidão de Deus é também aplicada nas ações erradas do ser humano.

Jeremias exerceu seu chamado profético entre os anos 627 e 580 antes de Cristo, de acordo com a Bíblia de Estudo das Profecias da Editora Atos – ou seja, há mais de 2.500 anos. Interessante observar a validade eterna das palavras do Criador. Em pleno século XXI, na era da rede mundial de computadores, a maior parte do “povo não conhece o juízo do Senhor”, conforme descreveu Deus a 25 séculos atrás.

Este livro da Bíblia relata o exílio do povo judeu à Babilônia. Naquele período, o Criador permitiu o domínio de um reino estrangeiro sobre a nação judaica devido ao pecado dos hebreus. Esta passagem das Escrituras Sagradas é, basicamente, um relato histórico. A história é a descrição de algo já acontecido, e, portanto, impossível de repetir-se igualmente.

Entretanto, embora estas palavras sejam explicitamente históricas, pode-se tirar inúmeras lições das mesmas para os dias atuais, especialmente sobre os juízos de Deus. O Criador, através de Jesus Cristo, afirmou: “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Mateus 24:35). O próprio Messias repetiu a afirmação: “passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:31).

É óbvio que “misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade.” (Salmos 103:8). Mas, além de perdoar, Ele também faz justiça com as ações erradas dos seres humanos. A integridade e retidão de Jesus Cristo, enquanto homem, deve ser o maior e melhor exemplo a ser seguido por aqueles desejosos de alcançar a plena misericórdia divina.

Publicado originariamente no Portal Gosto de Ler (Rio Grande do Norte), em abril de 2007.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Filmes Cristãos – V

Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios. - Salmos 34:1

Dentre os milhares de filmes existentes atualmente em DVD, existem alguns títulos cristãos que merecem ser assistidos. Um deles é “Escapando do Inferno”. O enredo é uma ficção, e por isso nem tudo é relacionado diretamente à Bíblia. Aliás, parte da história é alheia às Escrituras Sagradas. Porém, mesmo assim, as lições que podem ser tiradas da história são interessantes e importantes para todas as pessoas.

O personagem principal é um médico com boa reputação profissional, que faz esforço máximo para livrar da morte todos os pacientes e fica abalado quando não consegue atingir este objetivo. Entretanto, ele não tem fé em Deus e vive bem distante de qualquer convicção cristã. No hospital onde trabalha, o personagem conhece uma colega de profissão que pesquisa sobre pessoas que estiveram próximas da morte e sobreviveram.

A médica grava em vídeo os testemunhos destes pacientes. A personagem não percebe, mas o estudo demonstra que os cristãos não temeram a morte e anteviram ir para um local sem dor nem tristeza. Já os não cristãos que ficaram próximos da morte e conseguiram sobreviver, relataram medo, pavor e outros sentimentos negativos relacionados à questão. No enredo do filme a profissional da saúde está em busca de aliviar o medo e sofrimento relacionados à morte. Ela sonha em provar ao mundo que todos vão para o céu, mas não consegue explicar o pavor de alguns de seus entrevistados durante a pesquisa.

Em um momento de desespero, o médico personagem principal do filme encontra a morte e descobre uma realidade bem diferente do que imaginava: o inferno. O homem vê um lugar descrito pela Bíblia que até então ele não acreditava existir. No enredo fictício do filme o personagem consegue escapar do inferno e ser salvo. E você que lê este texto agora, já pensou sobre este assunto? Assista ao filme e reflita! 

Dados técnicos
Título no Brasil:
Escapando do Inferno
Título Original: Escape from Hell
Ano: 2007
País de Origem: Estados Unidos
Classificação: 12 anos
Duração: 83 minutos
Distribuidor: Comev
Elenco: Emilie Jo Tisdale, Dan Kruse.

terça-feira, 23 de março de 2010

Filmes cristãos - IV

Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios. - Salmos 34:1

Hoje existem uma infinidade de filmes cristãos no mercado de DVDs, desde os mais interessantes até os mais desinteressantes. Um bom filme, que vale a pena ser assistido, chama-se “O fazendeiro e Deus”. A história é baseada em fatos reais. O longa-metragem mostra a vida de fazendeiros descendentes de europeus que viviam na África do Sul ao longo da segunda metade do século XX. Ao passar dos anos, os proprietários de terra cristãos tornam-se fazendeiros e ao mesmo tempo missionários cristãos naquele país. Em meio a inúmeros problemas, entre eles o da seca que afligia as plantações, muitos nativos conhecem o amor de Cristo através do testemunho de vida dos cristãos.

O enredo gira em torno da história de vida do personagem principal, Angus Buchan. Descendente de escoceses e nascido na África, ele nasceu em família cristã mas passou a juventude longe de Deus. Insatisfeito com o vazio interior, ele viaja por diferentes países africanos, quase sempre entrando em conflitos com as populações locais. Por fim, ao passar por enormes dificuldades financeiras na África do Sul, Angus Buchan encontra um rumo para a própria vida ao conhecer as verdades da Bíblia. 

Dados técnicos:
Título no Brasil: 
O Fazendeiro e Deus
Título Original:  Faith Like Potatoes
Ano: 2006
País de Origem:
África do Sul
Gênero:
Drama
Classificação:
16 anos
Duração:
116 minutos
Distribuidor:
Sony Pictures
Direção: 
Regardt van den Bergh
Elenco: Frank Rautenback, Jeanne Wilhelm, Candice D'Arcy, Sean Cameron Michael, Hamilton Dlamini, Matthew Dylan Roberts, Casper Bandenhorst, Jessica Odendaal.
Trilha Sonora: Maxwell Vidima, Hilton Greig, Penguin Beach Orchestra.

terça-feira, 16 de março de 2010

Fatos repetitivos

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. - Eclesiastes 1:9

Muitos fatos repetem-se desde as origens do mundo. Recentemente escrevi um pequeno texto a respeito dos constantes terremotos que assolam repetidamente o mundo. O crime é outro destes acontecimentos repetitivos. No quarto capítulo do livro de Gênesis há o relato do primeiro assassinato da história. O personagem bíblico Caim matou o próprio irmão, Abel. Até hoje, em pleno século XXI, os assassinatos continuam a ocorrer freqüentemente. Em 8 de julho de 2001 uma mulher morreu em conseqüência de um tiro na cabeça em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 2002, no dia 26 de abril, um jovem de 19 anos entrou na escola onde estudava, no leste da Alemanha, e matou 18 pessoas. No primeiro semestre de 2003 um pai matou o próprio filho, viciado em cocaína, em São Paulo.

Em 8 de janeiro de 2004 outro pai matou o próprio filho, também viciado em drogas. Neste caso o homicídio ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grade do Sul. Em 2005, no dia 31 de março, uma chacina resultou em 29 mortes na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Em 12 de janeiro de 2006 o Globo Online publicou reportagem com a manchete “Cinco policiais morrem e duas bases da PM são atacadas em menos de 48 horas”. No ano seguinte, em 28 de outubro, quatro homens foram encontrados mortos a tiro no município de Niterói, no Rio de Janeiro. Em 2008, em Tóquio, no Japão, um homem matou sete pessoas a facadas no dia 8 de junho. No ano de 2009 um homem foi apedrejado e morto em uma via pública no município de Juatuba, Minas Gerais.

Em 5 de janeiro de 2010, outro homem foi assassinado em São Paulo. Desta vez o motivo do assassinato foi a tentativa de assalto à irmã da vítima, que tentou impedir o crime e perdeu a vida. Dez dias depois, em Ibitiré, interior de Minas Gerais, um jovem de 23 anos faleceu ao ser atingido por um tiro. No intervalo entre estes dois crimes, outro fato chocou a comunidade do interior de Minas Gerais. No pequeno município de Sericita, na Zona da Mata, uma senhora de 78 anos foi morta com pancadas na cabeça e a irmã dela, de 80 anos, ficou gravemente ferida por pancadas em todo corpo. Todas estas notícias foram registradas por veículos de comunicação de grande circulação no Brasil, como a revista semanal Época ou em jornais como a Folha de S. Paulo e Estado de Minas, de Belo Horizonte (MG).

Os crimes, em especial os assassinatos, são apenas um dos fatos que ocorrem freqüentemente na história da humanidade. Os terremotos também fazem parte da narrativa humana, bem como incêndios, acidentes e tantas outras tragédias. Independente das infinitas análises filosóficas e religiosas possíveis de serem feitas sobre estes assuntos pode-se concluir algo importante para todo ser humano. A vida, por mais bela e interessante que possa ser, chega ao fim. A medicina pode presentear as pessoas com alguns anos a mais de vida, dietas balanceadas e alimentação saudável também contribuem para isso. Entretanto, por mais que o homem se esforce, o final da via é certo para todo cidadão, independente das crenças – ou falta delas –, das filosofias de vida, sexo, cor, tendência política ou posição social.

É importante para todo ser humano fazer planos para a vida. Crianças e jovens necessitam de educação. Todas as pessoas precisam aprender uma profissão. Os adultos têm de trabalhar para o próprio sustento e de suas famílias. Isto é algo em que todos precisam gastar tempo, planejamento e esforço. É preciso estabelecer alvos e metas para alcançar objetivos pré-estabelecidos. Porém, algo pouco pensado é para onde as pessoas vão quando morrerem. “Para o cemitério”, muitos responderão em tom de brincadeira. O corpo provavelmente irá sim para aquele lugar, embora nem todos sejam enterrados. Em acidentes aéreos sob o oceano, por exemplo, os corpos de algumas vítimas nunca são encontrados.

O enterro, cremação ou desaparecimento dos corpos de pessoas falecidas é importante para a família e as pessoas do círculo social de quem falece, mas é totalmente indiferente para quem morreu. O fundamental é para onde a alma de cada pessoa vai após o corpo apodrecer e virar pó. Durante os próximos anos quem lê este texto poderá casar, talvez ter filhos e netos, quem sabe mudar de emprego ou ganhar na loteria e ficar rico. Tudo isso é muito bom, mas existem apenas hipóteses e expectativas a este respeito. A única certeza da vida é a morte. Quem lê este texto em 2010 dificilmente esteja vivo no ano de 2110. Você já pensou sobre isso? Em caso negativo, agora é uma boa hora para refletir sobre este assunto. O amanhã é apenas uma expectativa.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fugacidade da vida - 5

Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. - Mateus 24:7

Em outubro de 2008 escrevi pequenos textos que abordavam indiretamente o tema “Fugacidade da vida”. A temática era especificamente a violência, mas que em última instância pode resultar em morte, demonstrando a efemeridade da vida. A existência humana pode ser de 120 anos, é verdade. Talvez um pouco menos, por volta dos 100 anos. Porém, quantas pessoas conseguem chegar aos 90? Estas três expectativas são alcançadas por uma pequena porcentagem da população, o que só confirma que a vida é curta.

É de fundamental importância fazer planos para a vida. As crianças precisam de educação, os jovens necessitam aprender uma profissão, os adultos têm de trabalhar. Isto é parte integrante da vida e algo em que todos precisam gastar tempo, planejamento e esforço. Entretanto, algo pouco planejado é para onde as pessoas vão quando morrerem. “Para o cemitério”, muitos vão responder em tom de brincadeira. O corpo provavelmente irá sim para aquele lugar, embora não todos sejam enterrados dignamente. Em vários acidentes aéreos sob o oceano, por exemplo, os corpos de algumas vítimas nunca são encontrados.

Entretanto, o enterro, a cremação ou desaparecimento dos corpos de pessoas falecidas é totalmente indiferente para quem morreu. Isto pode ser ou não importante somente para familiares e pessoas com maior convivência daqueles que falecem. O importante mesmo é para onde a alma de cada pessoa vai depois que o corpo apodrece e vira pó. Durante os próximos cem anos você pode casar, talvez ter filhos, quem sabe mudar de emprego ou ganhar na loteria e ficar rico. Tudo isso é muito bom, mas existem apenas hipóteses a este respeito. A única certeza é que quem lê este texto neste exato momento dificilmente esteja vivo no ano de 2110. Você já pensou sobre isso?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 4

Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. - Mateus 24:7

Um exemplo trágico da fugacidade da vida são os inúmeros terremotos registrados na história da humanidade. São dezenas apenas nas últimas décadas. No último dia 13 de janeiro o jornal Folha de S. Paulo publicou na internet um breve histórico com os piores terremotos ocorridos entre 1990 e 2010. De acordo com o periódico, em 30 de setembro de 2009, na ilha de Sumatra, na Indonésia, ocorreu terremoto de 7,6 graus na escala Richter. Mais de mil pessoas morrem. A cidade costeira de Padang, no oeste da ilha, é a mais afetada. No mesmo dia, horas antes, outro tremor de terra atingiu o arquipélago de Samoa, no Pacífico Sul, além do território de Samoa Americana. Pelo menos cem pessoas faleceram. Nove dias antes, em 21 de setembro de 2009, outro terremoto ocorreu em Butão, na Ásia, com intensidade de 6,1. 11 pessoas morreram. No mesmo mês, em 2 de setembro, na Indonésia, o sudoeste da ilha de Java foi alvo de um terremoto de 7,0 graus na escala Richter. 57 pessoas morreram.

Em 6 de abril de 2009 um tremor de terra com 6,3 graus de magnitude atingiu o município de Áquila, no centro da Itália. 207 pessoas perderam a vida na cidade e em vilarejos vizinhos. Dentre os danos materiais registrados constam danos em milhares de construções construídas a partir do século 13. No dia 29 de outubro de 2008 cerca de 300 pessoas faleceram no Paquistão, na Província do Baluquistão. Naquela tragédia o tremor foi de 6,4 graus. Pouco mais de cinco meses antes, em 12 de maio de 2008, outro terremoto. Desta vez a nação atingida foi a China. O tremor ocorreu na Província de Sichuan, no sudoeste daquele país. O número total de mortos chegou perto de 87 mil pessoas, contando com os desaparecidos jamais encontrados. Outros 370 mil habitantes da região ficaram feridos. O tremor alcançou 7,8 graus.

No dia 15 de agosto de 2007, 519 pessoas falecem no Peru. O epicentro do abalo, no Oceano Pacífico, registrou 7,9 graus. Em 17 de julho de 2006 um tremor de 7,7 graus com origem no mar provoca um tsunami que atinge a costa sul da Indonésia, especificamente a ilha de Java. Mais de 650 pessoas morreram. Outro terremoto na mesma ilha ocorreu menos de três meses antes, em 27 de maio de 2006. Mais de 5.700 pessoas morrem em conseqüência do tremor com magnitude de 6,2 graus. A cidade de Yogyakarta e regiões próximas foram destruídas. No dia 8 de outubro de 2005 outro tremor foi registrado. Desta vez as regiões afetadas foram a Caxemira e o Paquistão. O abalo, de 7,6 graus, matou mais de 73 mil pessoas. O número de desabrigados chegou aos milhões. Pouco mais de seis meses antes, em 28 de março de 2005, a Indonésia foi vítima novamente de um terremoto. Na ocasião cerca de 1.300 , pessoas perderam a vida após um tremor de 8,7 graus no mar, perto da costa da ilha de Nias.

São inúmeros os terremotos registrados em apenas vinte anos. O período pode ser considerado curto em face de toda a cronologia da história da humanidade. Um dos mais arrasadores ocorreu nas profundezas do Oceano Índico, em 26 de dezembro de 2004. Com magnitude de 9,2 graus, o abalo sísmico gerou um gigantesco tsunami. Diversos países da Ásia foram atingidos. As mortes, contabilizadas com os desaparecidos jamais encontrados, somam mais de 230 mil. Antes desta tragédia, ainda no início do século XXI, outros abalos sísmicos ocorreram ao redor do mundo. Exatamente um ano antes da desgraça ocorrida na Ásia, no dia 26 de dezembro de 2003, mais de 26 mil pessoas perdem a vida após tremor de terra no sul do Irã. Bam, uma cidade histórica da região, fica totalmente destruída. Em 21 de maio do mesmo ano a Argélia sofreu também um terremoto. Mais de 2.000 pessoas morreram e pelo menos 8.000 ficam feridas. O abalo foi sentido até na Espanha, país situado no lado oposto do mar Mediterrâneo.

O século XXI estava apenas começando, mas o número de terremotos e os estragos causados eram grandes. Em 31 de outubro de 2002 a Itália ficou estarrecida com a perda de uma turma inteira de crianças. Elas morreram na cidade de San Giuliano di Puglia em conseqüência do tremor de terra que derrubou a escola onde estudavam. No dia 26 de janeiro de 2001 o país vitimado foi a Índia. Um tremor de 7,9 graus destruiu parte do Estado de Gujarat, no noroeste daquele país. Quase 20 mil vidas foram perdidas. Mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas. No final do século XX os tremores também já eram constantes. Em 12 de novembro de 1999 cerca de 400 pessoas morreram em conseqüência do tremor de 7,2 graus no noroeste da Turquia. Terremotos naquele período mataram pessoas ainda em Taiwan, em 21 de setembro de 1999, novamente na Turquia no dia 17 de agosto de 1999, no Afeganistão em 30 de maio de 1998 e no Japão, no dia 17 de janeiro de 1995.

Tais acontecimentos podem gerar uma série de reflexões. Os pensamentos podem ser os mais diferentes possíveis, de acordo com as idéias de cada pessoa. Algumas pessoas pensam que falecer em um terremoto é como ganhar na loteria: todos estes acontecimentos seriam apenas coincidências, jogadas de sorte ou azar da natureza. Há aqueles que afirmam serem os tremores de terra algo corriqueiro na história da humanidade. Para tais pessoas, não existe aumento no número de terremotos, mesmo com os registros mostrando o contrário. Existem ainda as pessoas indiferentes, totalmente alheias e sem nenhum interesse em saber informações sobre estas tragédias. Outros ainda consideram isso um castigo, uma punição divina. Mesmo dentre aqueles que têm fé, a questão punitiva é polêmica, e nem todos concordam com isso. Aliás, dentre os cristãos, por exemplo, poucos crêem ser isso uma punição. Independente das diferentes opiniões ou crenças, existe uma verdade. Há cerca de dois mil anos tudo isto foi previsto. Para quem gosta de ler, uma boa dica de leitura é o 24º capítulo do evangelho de Mateus.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 3

O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. - Provérbios 16:1

O ano de 20010 começou há pouco tempo, há exatamente 14 dias. Entretanto, alguns fatos divulgados à exaustão na mídia mostram ao homem claramente a fugacidade da vida. Um terremoto no Haiti, um dos países mais pobres das Américas, matou milhares de pessoas. Prédios e casas que custaram caro para serem construídos desabaram.

Jovens, que aos olhos das pessoas viveriam ainda por muitos anos, faleceram. A maior parte dos sobreviventes perece com fome e sede. Há expectativa de proliferação de doenças. Voluntários de países distantes dirigem-se àquela nação para ajudar os necessitados. Brasileiros estão entre os mortos.

Há inúmeras considerações e reflexões a serem feitas sobre esta tragédia. Mas algo é inegável: a vida tem um término, e o fim pode chegar a qualquer momento, para qualquer pessoa. Brasileiro, haitiano ou de qualquer nacionalidade. Rico, pobre, branco, negro, ateu ou religioso. Uma expectativa acompanha todos durante toda a vida: a certeza da morte.

Todo ser humano tem sonhos e planos. Ter um trabalho melhor, casar, constituir família, ter filhos, comprar um automóvel, novas roupas, viagens... Uma conta bancária repleta de dinheiro, jóias, cartões de crédito... Dificilmente haverá na face da Terra algum ser humano que não tenha sonhos, ainda que humanitários: paz no mundo, fim da miséria, igualdade social, dentre outros.

Para alcançar os próprios sonhos, cada pessoa traça planos e metas. Estuda, procura aperfeiçoar-se profissionalmente, muda de emprego, busca novo trabalho. Tudo isto é bom, importante e necessário. Não há nada de mau nestas coisas. Ao contrário: isto é o que move a sociedade e faz com que exista desenvolvimento em todas as áreas do humanismo.

Entretanto, tudo tem um fim. O término pode durar, quem sabe, 120 anos. Talvez 80, ou então 60. Qual a expectativa de vida de um ser humano? A expectativa de vida varia em cada país. Mas existe apenas uma expectativa. E todos os planos e metas são feitos em cima de uma hipótese. E você, que lê este texto neste exato momento, já pensou em quais são seus planos e metas para depois que morrer?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Submarino não explica mas resolve problema

No dia dia 23 de dezembro de 2009 escrevi um texto neste blog criticando a loja virtual Submarino. A empresa não entregou um produto que comprei, embora afirme ter efetuado a entrega. Quero registrar aqui que a loja, embora não tenha dado nenhuma explicação clara a respeito do fato, efetuou o estorno do valor reclamado em meu cartão de crédito.

Quando é preciso mostrar problemas fazemos a crítica normalmente. Porém, é importante apontarmos também os acertos quando acontecem. Embora sem explicações, a empresa devolveu corretamente o dinheiro pago pelo produto não entregue.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 2

O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. - Provérbios 16:9 

A fugacidade da vida é real e concreta, está visível claramente aos olhos de todos. Entretanto, poucas pessoas percebem a fragilidade e a temporalidade da existência humana. O home faz projetos para toda a eternidade e, quando menos espera, tudo pode ir literalmente por água abaixo.

Um exemplo disso foi publicado no jornal Folha de S. Paulo, de 7 de janeiro de 2010. “Prejuízo com chuva supera R$ 1 bi” foi a manchete do diário. Na chamada de primeira página para a reportagem aparece uma foto da destruição ocorrida em São Luiz do Paraitinga, município do interior de São Paulo. A catástrofe ocorreu devido ao mau tempo. De acordo com a legenda da foto, cerca de 300 prédios históricos foram afetados.

Muitos dos prédios afetados pelas enchentes naquela cidade foram construídos mais de 100 anos antes do incidente. Provavelmente nenhum dos profissionais que trabalharam na construção das edificações viveu até o início do século XXI. Mesmo que os edifícios tenham existido durante várias gerações, a catástrofe natural provou que não eram eternos.

A transitoriedade da vida física deve ser algo a ser pensado e repensado freqüentemente pelas pessoas. Afinal de contas, apesar da fragilidade do corpo físico, a alma do homem é eterna. Se você ainda não parou para pensar para onde vai depois que morrer, um bom momento para começar a refletir é agora. Afinal de contas, o dia de ontem já passou e o amanhã é apenas uma hipótese.

“Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” – Tiago 4:13–16

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fugacidade da vida - 1

O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.- Provérbios 16:9

Neste início de 2010 um assunto bastante visível, porém pouco comentado, é a fugacidade da vida. Muitos são os planos criados pelo ser humano, mas somente Deus pode confirmá-los. O Criador não realizará aquilo que obrigação do homem fazer: trabalhar, estudar, dentre outras atividades. Entretanto, as pessoas jamais devem esquecer da total dependência do Pai Celeste. Ninguém consegue controlar as batidas do próprio coração ou parar de respirar por quanto tempo quiser. Somente Deus pode dar a vida.

Com certeza cada um dos falecidos tinha uma história, um plano, um sonho. As crianças e jovens tinham ainda toda uma vida pela frente. Os familiares e pessoas mais próximas das vítimas da chuva ainda sentem a dor da perda inesperada. Somente o Espírito Santo pode consolar as pessoas neste momento tão difícil.

A notícia de maior destaque na primeira semana do ano na imprensa brasileira foi a catástrofe ocorrida em Ilha Grande, município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. “Soterramentos matam 28 em Angra”, foi a manchete do jornal Folha de S. Paulo no sábado, segundo dia do ano. “Tragédia de Angra eleva para 56 total de mortos pela chuva” foi a manchete publicada no mesmo dia em O Estado de S. Paulo. “Chuvas fazem 30 mortos em Angra e 51 em todo o estado” foi a manchete de O Globo.

Pessoas faleceram com as mais variadas idades: crianças, jovens e adultos. A principal tragédia ocorreu em uma pousada turística, situada entre o mar e um morro. Toneladas de terra deslizaram na noite entre 31 de dezembro e 1º de janeiro. Parte significativa das vítimas falecidas em Angra dos Reis estava hospedada naquele local para comemorar a passagem de ano.

“Natureza em fúria – 38 mortos” foi a manchete do Jornal do Brasil no segundo dia de 2010. No dia 3 de janeiro o jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, publicou a manchete “Mineiros relatam o horror da tragédia no Rio”. No mesmo dia outro diário da capital mineira, O Tempo, estampou a manchete “Sobreviventes relatam noite de pânico em Angra”. “Chuvas mataram pelo menos 64 na virada do ano no RJ” foi a chamada principal da Folha de S. Paulo em 3 de janeiro.