Provérbios 15 pode ser considerado uma continuação do capítulo anterior deste livro. O autor, Salomão, mostra diversas atitudes comuns no dia a dia dos seres humanos e suas respectivas implicações. Não há nenhuma atitude do ser humano que não gere consequências, sejam elas positivas ou negativas. Dos pormenores aparentemente mais insignificantes até as ações mais importantes da vida, cada passo das pessoas têm seus efeitos. Obviamente, quanto maior a importância das atitudes, maiores serão suas consequências, sejam boas ou más. Como é comum se dizer em conversas informais na atualidade, não é possível se plantar laranja e colher melancia, da mesma forma é impossível àqueles que plantam limão colherem beterraba. Por isso, é fundamental refletir antes de agir em qualquer circunstância.
Provérbios 15:1 – A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. – Quando uma pessoa ouve o que não gosta, a primeira reação geralmente é dar uma resposta dura. Os indivíduos mais impulsivos costumam responder de forma abrupta sem pensar. Esta atitude gera, como consequência, a ira: é o que ensina o versículo de Provérbios 15:1. Entretanto, no mesmo verso também está escrito: “a resposta branda desvia o furor”. Conclusão: até mesmo o simples fato de falar pode gerar implicações boas ou más, dependendo da forma com que o ser humano conversa com seus interlocutores.
Provérbios 15:2 – A língua do sábio adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama a estultícia. – As maneiras mais adequadas de conversar são assuntos citados por diversas vezes no livro de Provérbios. A pessoa com atitudes sábias ao falar “adorna o conhecimento”. Em contraste, o cidadão que tem atitude insensata ao falar, como consequência “derrama a estultícia”. No 15º capítulo de Provérbios observamos exemplos de ação e reação em várias áreas da vida. Atitudes positivas geram boas consequências. Más ações podem causar problemas. Por isso, é imprescindível pensar antes de agir. Deus perdoa os pecados, mas as consequências dos erros permanecem.
Provérbios 15:3 – Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. – Independente da ação individual de cada pessoa e de suas implicações, o Criador é onisciente. Por isso, não é possível aos cidadãos fazerem algo e acreditarem ter escondido a própria ação do Pai Celestial. Ocultar qualquer atitude não tem como consequência passar desapercebido ao Criador, que tudo sabe e conhece.
Provérbios 15:6 – Na casa do justo há grande tesouro, mas na renda dos perversos há perturbação. – Este é mais um dos inúmeros versículos bíblicos que mostram a relação entre ação e reação, atitudes e consequências. Pessoas más podem obter sucesso material no âmbito terreno, porém, não obtêm paz interior. Já os justos, mesmo diante de situações adversas na área material, têm calma, quietação e serenidade. A paz é um tesouro que não tem preço!
Provérbios 15:9 – O caminho do perverso é abominação ao Senhor, mas este ama o que segue a justiça. – As pessoas têm livre arbítrio e podem optar por qual caminho trilhar ao longo de suas trajetórias. A vida é feita de escolhas. Mas é preciso ficar atento às consequências de cada alternativa escolhida. Ninguém é impedido de optar por caminhos maus, mas a perversidade gera abominação ao Criador, ou seja, repulsa, aversão, rancor, antipatia. Entretanto, Deus “ama o que segue a justiça” (Provérbios 15:9b). Todos devem ficar atentos antes de escolher qual caminho a seguir, para não sofrer implicações desagradáveis no futuro.
Provérbios 15:32 – O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém, o que atende à repreensão adquire entendimento. – Disciplina e repreensão, à primeira vista aparentam ser algo ruim. Entretanto, são de grande proveito para as pessoas justas. Os sábios, quando disciplinados, aprendem com seus próprios erros. Entretanto, “o que rejeita a disciplina menospreza a sua alma” (Provérbios 15:32). Neste verso bíblico também observa-se uma relação de causa e consequência: dependendo da reação das pessoas, é possível colher diferentes resultados da disciplina e repreensão.
