terça-feira, 12 de novembro de 2019

A riqueza do livro de Provérbios


“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” – II Timóteo 3:16 e 17. Cada um dos versículos, capítulos e livros da Bíblia tem sua importância, conforme o contexto em que estão inseridos. Mesmo aqueles trechos eminentemente históricos possuem finalidade para os dias de hoje: afinal de contas, é necessário conhecer a história para não se repetir os erros do passado.

Dentro de toda riqueza bíblica de histórias, preceitos, princípios, mandamentos, ordenanças, parábolas, orações, relatos e testemunhos, um livro destaca-se pelos ensinamentos primordiais para a vida do ser humano, tanto em sociedade quanto perante ao Criador: Provérbios de Salomão. É um dos livros das Escrituras Sagradas com maior número de assuntos diferentes abordados e contem orientações bastante pragmáticas para o cotidiano das pessoas. No 12º capítulo deste livro, observamos conselhos importantes e interessantes que podem melhorar (em muito) a vida das pessoas.

Provérbios 12:1 – Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido. – Esta é uma constatação bíblica bastante antagônica com a realidade do mundo atual. Atualmente, rigor disciplinar é algo em desuso e até mesmo considerado algo negativo, principalmente nas sociedades dos países ocidentais. Apenas o conhecimento técnico é valorizado, em detrimento das ciências humanas, cada vez mais desvalorizadas. Aqueles que disciplinam ou repreendem os erros de outrem são considerados espúrios, reacionários, bastardos, ilegítimos e até mesmo classificados com palavras de baixo calão por parte dos indivíduos que defendem as relações anárquicas entre os seres humanos. A disciplina, obviamente sem excessos e nem exageros, é fundamental para que os cidadãos coexistam em sociedade, de forma equilibrada.

Provérbios 12:3 – O homem não se estabelece pela perversidade, mas a raiz dos justos não será removida. – Percebe-se aqui outro exemplo de antagonismo entre as Escrituras Sagradas e o sistema mundano em que se vive no início do século XXI. Hoje há, de forma explícita ou implícita, uma exaltação da maldade, através da qual muitos tentam se estabelecer, indo em direção contrária ao que foi registrado nas palavras divinas. Corruptos que deveriam pagar pelos delitos ocupam cargos políticos, com direito à impunidade. Trapaceiros de toda espécie ostentam vidas nababescas nas redes sociais. Em parte significativa deste livro observamos as ideias conflitantes entre o que existe nas sociedades atuais e o que foi proposto pelo Criador para vida do homem. No Novo Testamento confirmamos esta tese: “(...) o mundo inteiro jaz no maligno.” – 1 João 5:19b. Mas há esperança: Salomão, autor do verso Provérbios 12:3, escreveu que “O homem não se estabelece pela perversidade, mas a raiz dos justos não será removida.”

Provérbios 12:4 – A mulher virtuosa é coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como podridão nos seus ossos. – Além das orientações gerais à toda sociedade, a Bíblia também contém orientações específicas ao convívio entre as pessoas. Em diversos textos bíblicos há conselhos, orientações e exortações para o relacionamento entre os cônjuges.

Provérbios 12:9 – Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão. – Humildade e sinceridade também são temas tratados nas Sagradas Escrituras, e os que possuem essas qualidades são valorizados pelo Pai Celeste. Como mostra o versículo apresentado neste parágrafo, é melhor se estimar em pouco do que ser vanglorioso, vaidoso, dissimulado e exibir pretensas riquezas.

As pessoas são livres para agir como bem entender – é importante lembrar que toda ação tem resultado. No 12º capítulo de Provérbios há uma série de orientações sobre boas e más atitudes e suas respectivas consequências, nos campos do pensamento (v. 5), ansiedade (v. 25), conversas/diálogos (v. 6 e 18), justiça X perversidade, verdade X mentira (v. 17 e 22), (v. 7, 8, 10, 21, 26 e 28), trabalho (v. 11, 12, 14, 24 e 27) e prudência (16). É possível estudar este livro por horas e horas, e levar os ensinamentos por toda a vida.