segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Vaidade

Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. – Eclesiastes 1:2


Algumas ações do cotidiano das pessoas são extremamente comuns, e tão banais que tornaram-se automáticas. Escovar os dentes, pentear o cabelo, ir ao banheiro ou entrar em um ônibus lotação são alguns exemplos destas atividades. Tais atos são tão corriqueiros que dificilmente alguém para refletir sobre os mesmos.


De fato, a maior parte das ações do cotidiano não merece mesmo reflexões profundas. O hábito de escovar os dentes, orientado por um bom dentista, não necessita de ser objeto de debates ou discussões, a não ser por especialistas na área dentária. A ação de pentear o cabelo também dispensa análises filosóficas e sociológicas profundas e complexas, a não ser por cabeleireiros e profissionais do setor de barbearia.


Uma parcela significativa das ações cotidianas é relacionada, direta ou indiretamente, com a vaidade. Manter os dentes bem cuidados proporciona um sorriso bonito, fazer uso de desodorante e perfume proporciona bem estar às pessoas e algumas outras atividades relacionadas à vaidade têm efeitos positivos e benéficos.


Entretanto, o excesso de vaidade pode ser prejudicial ao ser humano. De acordo com o dicionário Aulete Digital, esta palavra significa “valorização exagerada dos próprios atributos; presunção; imodéstia; preocupação com a própria aparência, por desejo de ser admirado; qualidade ou condição do que é vão, fútil, ilusório; vanglória, ostentação; presunção, fatuidade”.


A “valorização exagerada dos próprios atributos“ é uma atitude negativa, tendo em vista que neste caso há tendência de desvalorizar os atributos das outras pessoas. O “desejo de ser admirado” também pode ser ruim, pois o esforço para alcançar tal vontade pode gerar frustrações, especialmente quando as outras pessoas porventura não admiram aqueles que tem esta vontade.


A vaidade em excesso pode também causar ilusões e falsas expectativas na mente dos vaidosos de plantão. Uma pessoa vaidosa acima do normal pode esperar ser reconhecida ou querer conquistar a confiança de outros indivíduos por motivos fúteis, relacionados à própria vaidade, e não a razões realmente importantes.


O que diz a Bíblia? – A Bíblia deve ser a regra de fé para qualquer cristão, independente da igreja ou grupo onde congrega. As Escrituras Sagradas trazem importantes ensinos sobre este assunto. São ações fáceis de serem praticadas, e muito tem a contribuir na vida espiritual de qualquer pessoa. A Palavra de Deus é bem clara e objetiva quando trata deste assunto.


O Pai Celeste afirma ser um engano confiar na vaidade. “Não confie, pois, na vaidade, enganando-se a si mesmo, porque a vaidade será a sua recompensa.” (Jó 15:31) Quem confia na própria valorização exagerada de si mesmo somente terá a própria vaidade como recompensa. "Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente." (Salmos 24:4). Ou seja, quem entrega sua própria vida às vaidades tem o coração impuro.


Algumas pessoas têm vaidade enrustida. Ou enganam-se a si mesmas ou tentam enganar as pessoas ao próprio redor. "O Senhor conhece os pensamentos do homem, que são vaidade." (Salmos 94:11). Portanto, é impossível enganar o próprio Deus, pois Ele conhece até os pensamentos humanos. O cristão vaidoso e com objetivo de manter a prática da vaidade excessiva deve ficar atento. "Certo é que Deus não ouve o grito da vaidade, nem para ela atentará o Todo-Poderoso." (Jó 35:13).


O apóstolo Paulo é categórico ao afirmar: "E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente." (Efésios 4:17) Inspirado pelo Espírito Santo, o escritor deste texto das Escrituras Sagradas é claro e objetivo. Não há margens a dúvidas: nenhum cristão deve viver imerso às vaidades.

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